BEST I CAN



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BEST I CAN

I've got a livin' that's rough, a future that's tough
You know what I mean
Blankers and boasters, all the bluffers and posers
I'm not into that scene

You can tell me that I got no class
Look around, you'll see who's laughin' last
Don't give me speeches 'cause they're oh so droll
Leave me alone, let me rock and roll

Got an itchin' to rock, a hate for small talk
I'm funny that way
Got my sights on the stars, won't get that far
But I'll try anyway
I just like to please, don't like to tease
I'm easy like that
Don't like long rests, I must confess
I'm an impatient cat

I do the best that I can
I'm just what I am
I do the best I can
Well, I know what I am
Rock and roll-in's a scream, makin' millions my dream
Well, I do that a lot
I'll just give it a try, won't let good times pass me by
They're all I've got
MELHOR QUE EU POSSO

Tenho uma vida que é dura, um futuro que é difícil
Você sabe o que quero dizer
Todos os vazios e presunçosos, todos os blefadores e posers
Não me enquadro nisso

Você pode me dizer que não tenho classe
Olhe ao redor, você verá quem está rindo por último
Não me venha com sermões, pois eles são oh tão divertidos
Deixe-me em paz, me deixe com meu rock and roll

Me coço para balançar, um ódio por conversas fiadas
Sou engraçado deste jeito
Tenho meus olhos nas estrelas, não chegarei tão longe
Mas tentarei de qualquer jeito
Só gosto de agradar, e não de provocar
Sou calmo assim
Não gosto de descansos longos, devo confessar
Sou um gato impaciente

Faço o melhor que eu posso
Sou apenas o que sou
Faço o melhor que posso
Bem, sei o que sou
Rock and roll é um grito, fazer milhões meu sonho
Bem, faço isso demais
Darei uma chance, não deixarei os bons tempos passarem
Eles são tudo que tenho


Música e Letra por Geddy Lee


Minha escolha é viver do rock, não importa o que digam

A segunda faixa de Fly By Night é a dinâmica "Best I Can". Uma canção hard rock de construção básica com fortes características do disco de estreia que, apesar de surgir apenas no tracklist do segundo álbum, já era bastante executada nas apresentações da banda na primeira turnê ocorrida no Canadá e nos Estados Unidos, inclusive ainda com o baterista original, John Rutsey.

"Best I Can é uma das primeiras canções dos velhos tempos", diz Alex Lifeson.

Mesmo com sua estrutura lírica e musical bastante ligada ao álbum Rush, "Best I Can" surpreende pelo fato de ter sido uma composição adornada pelos incríveis preenchimentos percussivos característicos de Peart em sua gravação definitiva. Sobre os demais instrumentos, estes soam ainda melhores com a chegada do novo baterista, e a canção consegue trazer sensações muito empolgantes, cativantes e até mesmo divertidas. Com linhas vocais arrojadas, "Best I Can" é um grande exemplo da habilidade de Geddy em oferecer de forma contínua um forte senso emocional - ou de desafio nesse caso - em suas performances.

A letra e a música foram escritas somente por Lee, tratando sobre fazer o melhor na busca máxima da realização de ambições. A canção traz declarações contundentes daquilo que se deseja alcançar, afastando-se das opiniões divergentes e pessimistas daqueles que estão ao redor. A confiança, a contundência e a determinação da maioria dos temas abordados no primeiro álbum são aqui revisitadas e, de forma não intencional, "Best I Can" se aproxima bastante do teor lírico da canção de abertura "Anthem", composto por Peart. Indubitavelmente, a peça expressa a visão e a realidade pessoal dos jovens músicos, que começavam a perceber naquele momento a possibilidade real da concretização de um grande sonho: o alcance do sucesso no rock. Dessa forma, "Best I Can" se transfere ao ouvinte como uma simples, porém certeira e categórica construção pessoal muito encorajadora.

Talvez esta seja a principal canção a retratar essa importantíssima transição da banda, compartilhando nitidamente a força bruta do antes e as sutilezas e inteligência do depois. De um lado, temos traços marcantes do primeiro disco que se dedicava ao puro rock and roll, oferecendo um rol de canções enérgicas e diretas com letras envoltas por um espírito jovem atrevido. Por outro, somos brindados pelo impacto da maestria percussiva de Neil Peart, que começaria também a incluir suas investidas poéticas e fantásticas em outras canções, elementos que elevariam a banda a um patamar muito mais elevado.

© 2014 Rush Fã-Clube Brasil

POPOFF, M. Contents Under Pressure. Canada: ECW Press, 2004
POWER WINDOWS. Disponível em: http://www.2112.net/powerwindows/tours/Tours.htm#earlyyears. Acesso em 28 de julho de 2014.