GEDDY LEE E ALEX LIFESON: 50 ANOS DE MÚSICA E AMIZADE



04 DE FEVEREIRO DE 2016 | POR VAGNER CRUZ

O site da revista britânica Classic Rock publicou uma nova entrevista com Geddy Lee e Alex Lifeson, na qual os músicos refletem sobre os primeiros anos do Rush. Os dois músicos e amigos trazem belas lembranças, que vão desde o primeiro encontro deles na escola, ocorrido há 50 anos, até 1975, quando o novo baterista Neil Peart assumia a responsabilidade das letras da banda. Acompanhe esse incrível material, traduzido exclusivamente para o Rush Fã-Clube Brasil.

OS PRIMEIROS ANOS DO RUSH: ENTREVISTA EXCLUSIVA COM GEDDY LEE & ALEX LIFESON
Há cinquenta anos, Alex Lifeson e Geddy Lee se encontravam pela primeira vez. Com essa amizade, surgia uma das maiores bandas de rock de todos os tempos: o Rush


Classic Rock - 03 de fevereiro de 2016
Por Paul Elliot | Tradução: Vagner Cruz

Nessa entrevista exclusiva, o guitarrista e o baixista contam histórias dos primeiros anos da banda: os dias de escola e as primeiras aventuras na música, as lutas travadas, o difícil nascimento do álbum de estreia, a dura decisão de demitir o baterista original John Rutsey e como a chegada de Neil Peart completou o line-up clássico que sobrevive até hoje.

1966

Alex Lifeson: Conheci Geddy quando tínhamos treze anos, em nosso primeiro ano no colegial. Éramos alienígenas numa classe de conformados, e nos tornamos os melhores amigos um do outro.

Geddy Lee: Na primeira vez que vi Alex ele usava uma camisa estampada Paisley. Parecia um cara bem legal. Era um bichinho de estimação dos professores - um tanto puxa-saco, mas muito divertido. Gostei dele. Nos divertimos muito juntos - rimos muito juntos. Nos entendíamos culturalmente - entendíamos de onde viemos. Éramos filhos de imigrantes da Europa Oriental, estes que haviam saído de lá depois da Segunda Guerra Mundial a fim de começarem uma vida nova no Canadá. Éramos um pouco diferentes.

Alex Lifeson: Sou da primeira geração de canadenses da minha família. Meus pais são sérvios, e meu nome verdadeiro é Aleksandar Živojinović. Na verdade, meus pais se encontraram no Canadá depois da guerra, chegando como refugiados. Meu pai já tinha sido casado antes, com uma mulher sérvia. Eles se casaram na Itália, e minha irmã nasceu lá. Tentaram entrar nos Estados Unidos, mas o pedido foi negado. Foram enviados para o Canadá. Eles não queriam essas pessoas em cidades como Toronto, mas os europeus orientais conseguiam emprego em minas na Colúmbia Britânica. A família da minha mãe trabalhava numa fazenda. A primeira esposa do meu pai faleceu, e ele conheceu minha mãe anos mais tarde. Por fim, eles se mudaram para Toronto no início dos anos 50, pois teriam mais oportunidades por lá.

Geddy Lee: Meus pais eram judeus poloneses, sobreviventes do holocausto. Eles se conheceram quando tinham apenas treze anos em um campo de trabalhos forçados, e ficaram por um tempo em Auschwitz. Minha mãe tinha um forte sotaque judaico, e foi assim que acabei ficando conhecido como Geddy ao invés de Gary, meu nome verdadeiro. Eu e um amigo brincávamos na rua quando minha mãe me chamou, dizendo, 'Geddy, venha pra casa!'. Meu amigo disse, 'Do que ela te chamou?', e eu respondi, 'O que você quer dizer? Ela está me chamando pelo meu nome'. Assim, ele começou a me chamar de Geddy. Eu disse, 'Porque está me chamando assim?', e ele respondeu, 'Porque é assim que sua mãe te chama'. Dessa forma, colou. Por fim, minha família começou a me chamar de Geddy também. Um pouco mais tarde, quando fiz dezesseis anos, mudei meu nome legalmente para Geddy, pois muitas pessoas estavam me chamando dessa forma.

Alex Lifeson: A fase do 'começando a conhecer' foi no colegial, na qual eu e Geddy mergulhamos intensamente na música.

Geddy Lee: Queríamos ser rebeldes - queríamos romper com nossas famílias como todos os outros garotos. Tínhamos uma paixão profunda pela música e queríamos tocar. Quase todos os dias, íamos para a casa dos pais de Alex depois da escola, e tocávamos juntos por aproximadamente duas horas.

Alex Lifeson: Integramos bandas diferentes durante muito tempo, mas sempre tocávamos juntos. Adorávamos aprender as ótimas canções do Cream, acompanhando-as com a vitrola e reproduzindo cada vez melhor. Era bem divertido. Era apenas nós dois - sem baterista. Os bons velhos tempos! Tocávamos com os discos, nos plugando no amplificador de Ged - ele no baixo e eu na guitarra. Foi assim que começamos a olhar de forma mais séria para a música, tentando descobrir o que os músicos estavam tocando e como as bandas trabalhavam. Adorávamos tocar e simplesmente não conseguíamos ficar longe disso.

Geddy Lee: A primeira vez que fiquei doidão foi com Alex. Ele era um maconheiro sensacional, uma terrível influência para mim. Íamos para o terreno da escola pública local para fumar. Eu tocava com outra banda naquela época e, após ficar doidão com Alex, fui para a casa de um integrante para ensaiar. Mas eu estava alto demais para ser funcional, e o cara ficou com muita raiva de mim. Ele era bem sério, e acabou ficando bem chateado comigo. Ameaçou contar para minha mãe que eu estava chapado. Foi bem chato!

1968

Alex Lifeson: Era legal ser jovem e estar 'numa banda'. Eu tinha um amigo, John Rutsey, que tocava bateria, e integrávamos uma banda chamada The Projection. Meu vizinho, Gary Cooper, era o baixista. Ele era mais velho que nós e era o único que tinha carro. Era um amigo muito importante de se ter! Essa banda nunca tocou para um público de verdade - só tocávamos em festas que aconteciam de seis em seis semanas no verão. Nos reuníamos apenas para tocar três ou quatro canções que sabíamos, e Cooper não ficou por muito tempo. Porém, foi a partir da Projection que veio o primeiro show como Rush. O irmão de John, Bill, disse, "Vocês precisam de um nome melhor para a banda - que tal Rush?". Gostamos. Oferecemos um show num centro social, e chamei um cara com o qual já havia tocado, Jeff Jones, que era baixista e vocalista. Fizemos o show - vinte pessoas apareceram. Oferecemos outro show no mesmo lugar na semana seguinte, mas Jeff disse que não podia tocar, pois já estava em outra banda. Foi assim que chamei Geddy.

Geddy Lee: Eu era muito tímido, não queria ser um frontman. Eu era aquele com a voz melhor - com a voz mais apropriada! Não era natural para mim estar na frente, e tive que aprender a lidar com isso. John costumava anunciar as músicas - ele era muito bom nisso, muito engraçado. Trazia um humor bem cáustico. Nos primeiros dias, John era o líder da banda para todos os efeitos. Era um cara muito teimoso sobre música - sobre o que achava que a banda deveria ser e sobre como deveríamos parecer.


1971

Alex Lifeson: Precisamos aprender sobre o negócio que buscávamos ao longo dos anos. Naquele tempo, se tivesse sorte, você talvez tocaria três vezes no mês em escolas e centros sociais. A virada para nós veio em 1971, quando a idade mínima para bebidas alcoólicas em Ontário foi reduzida de 21 para 18 anos. Assim, passamos a tocar em bares e clubes. De repente, a oportunidade de atuar como músico em tempo integral chegou para nós. Tocávamos em bares constantemente.

Geddy Lee: Colocávamos o máximo de material próprio, mas fazíamos principalmente covers: Cream, Hendrix, The Who. Os bares não contratavam bandas que tocavam suas próprias canções de merda. E nossas músicas eram bem merdas naquela época! Nós não achávamos, claro - mas elas eram.


Alex Lifeson: Foi um ótimo período de treinamento para nós. No primeiro show, o público estava indiferente, e não se mostrava muito interessado. Havia doze pessoas aproximadamente. Mas, o melhor de tudo, foi que conseguimos desenvolver uma sequência. A notícia se espalhou, e fomos nos tornando atrativos. Após um ano tocando em clubes, os shows estavam lotados. Estávamos fazendo mil dólares por semana - uma ótima quantia naquela época. Era um tempo de diversão, pois tocávamos em clubes tendo sempre muitos amigos e rostos familiares por perto. Essa foi a geração - todos queria expressar seus talentos, todos queriam fazer parte da música - se conectando como músicos ou ouvintes. Nesse período, fomos de zero a cem como banda bem rápido.

Geddy Lee: O problema foi que, quando chegou a hora de fazer um disco, ninguém demonstrava o menor interesse em assinar conosco. Não havia nenhuma grande gravadora de rock no Canadá. Na verdade, tínhamos apenas postos de distribuição para as empresas dos Estados Unidos. Ninguém ligava para a música canadense.

1973

Alex Lifeson: Fizemos um single - um cover de "Not Fade Away" que era mais baseado na versão dos Stones do que no original de Buddy Holly. Era uma canção que as pessoas conheciam e com a qual podiam se identificar, ao invés de faixas próprias do Rush. A ideia dos empresários era: vamos fazer algo que fique com as pessoas como uma apresentação. Acho que foi um péssimo conselho. Era muito bom tocá-la ao vivo, pois a fazíamos bem pesada. Soava ótima. Porém, a versão gravada ficou horrível.


Geddy Lee: Fiquei muito empolgado com a possibilidade de fazer um disco e de termos nosso nome nele - muito empolgado com todo esse processo. Mas, para ser honesto, fiquei envergonhado com o resultado. Ficou muito ruim.

Alex Lifeson: Não soava como nós, pois éramos uma banda de hard rock. Tínhamos algumas canções poderosas - "Working Man", "What You're Doing" - mas o disco soou muito manso.

Geddy Lee: Foi decepcionante. Porém, nosso empresário Ray Danniels colocou dinheiro para que fizéssemos um álbum. Tínhamos que fazê-lo barato, gravando altas horas da noite. O problema foi que o nosso produtor, David Stock, não era muito bom. Dessa forma, tivemos que gravar o disco duas vezes. A primeira versão trazia "Not Fade Away", e todo o resto soava fraco e merda como o single. Refizemos o álbum todo, e foi aí que Terry Brown entrou como produtor.

Alex Lifeson: Terry tinha um estúdio, o Toronto Sound. Entrarmos lá com ele, e acho que passamos uns três dias gravando, de modo que o álbum todo foi feito em aproximadamente uma semana.

Geddy Lee: Foi bem simples - apenas a gravação de oito faixas. Estávamos tocando aquelas canções um milhão de vezes, e cada vez mais. Por isso não foi muito legal entrar no estúdio para regravá-las. Terry consertou o disco - soou ótimo. Ficamos muito orgulhosos.


1974

Alex Lifeson: O álbum saiu pela Moon Records, a gravadora que nosso empresário montou. A grande virada foi quando "Working Man" caiu numa rádio em Cleveland, Ohio - a WMMS. Naquela época, em 1974, as FMs ainda eram baseadas nos gostos dos DJs.

Geddy Lee: Era uma época muito diferente, antes dos consultores assumirem as rádios americanas. Ouvimos no rádio uma música como "Working Man", de sete minutos. Isso nos levou a assinar com a Mercury Records. Será que o negócio teria vindo de outra forma? Quem sabe? Essa foi a nossa explosão.

Alex Lifeson: Sabíamos desde o início que John tinha problemas de saúde. Ele tinha diabetes, e estava muito preocupado se seria viável ir para a estrada. Em 1974, John caiu doente e ficou fora alguns meses, sem shows. Utilizamos outro baterista, Jerry Fielding, com John retornando para um mês de shows em clubes. Mas havia acabado para ele. Tivemos que demiti-lo.

Geddy Lee: Foi difícil. Estava claro que cedo ou tarde íamos romper com John. O que ele queria fazer como músico não era o mesmo que nós queríamos e, no fim, essa seria a causa da nossa separação. Ficamos nos sentindo muito culpados no início, mas acabamos percebendo que foi apenas o que tinha que ser. Ele não estava feliz e nós também não - ele tinha problemas pessoais e era um momento complicado. Estávamos discutindo o futuro sem saber o que aquilo significava. Os ensaios foram deixando de ser divertidos. Havia dois pontos de vista diferentes na banda.

Alex Lifeson: Ged e eu ouvíamos mais a música progressiva, como Yes e Pink Floyd. Queríamos trabalhar assim. John era um roqueiro mais direto. Por fim, ficamos aliviados quando ele saiu, mas parecia estranho sem ele ao começarmos os testes com outros bateristas.


Geddy Lee: Tivemos cinco caras no dia que Neil fez o teste - três antes dele e um depois. O último tinha vindo de longe, dirigiu por duas horas, e foi uma situação bem desconfortável vê-lo após Neil, pois Neil foi bom pra cacete. O pobre tinha escrito partituras, e tocou nossas músicas com elas. Ficamos fingindo que estávamos admirados. Foi estranho. Eu olhava para Alex e ele pra mim. Ficamos atrapalhados, pois estávamos muito empolgados com o teste de Neil. Não dava para negar que Neil era o homem.

Alex Lifeson: Ficamos deslumbrados com Neil. Ele tocava como Keith Moon, muito ativo, e utilizando muita força. Tocamos juntos depois daquilo, conversamos e percebemos que ele era um cara brilhante. Nos ligamos em muitos níveis. Tenho que admitir que, no primeiro dia, disse à Geddy, 'Sabe, talvez devêssemos segurar um pouco para ver quem mais está lá fora'. Porém, quando conversamos novamente, estávamos convencidos de que ele era o cara certo.

Geddy Lee: A primeira coisa que tocamos com Neil no teste foi "Anthem". A maior parte dessa música foi escrita quando John ainda estava na banda. Era bem diferente de qualquer uma das faixas do primeiro álbum - mais complexa. Havia muitas coisas com as quais John estava descontente, e uma delas era com a direção que eu e Alex queríamos tomar. Acho que, com aquele pequeno trecho de "Anthem", muitas das nossas diferenças musicais foram trazidas à tona.


Alex Lifeson: Assim que Neil entrou na banda, começamos a compor um novo material. Trabalhávamos juntos na maioria das músicas naqueles dias. Porém, saíamos em turnê o tempo todo, não tendo folga para ir para algum lugar para compor. Acabávamos escrevendo na estrada mesmo, nas traseiras dos carros, nos shows e camarins. Aquilo ainda era experimental para nós - estávamos nos conhecendo.

Geddy Lee: Ainda éramos uma banda de abertura na época, e a única coisa bonita em ser uma banda de abertura é que você só tinha 35 minutos para tocar. Você não precisava de um show. Era algo rápido, onde tentávamos impressionar em 35 minutos. Quando terminava, tinha tempo de sobra para tocar junto e compor.

Alex Lifeson: Precisávamos de alguém para escrever letras...

Geddy Lee: Meio que empurramos Neil para as letras. John havia escrito as letras para muitas das canções no primeiro álbum. Enquanto estávamos na estrada, víamos Neil lendo livros o tempo todo. Vimos que era um cara muito inteligente. O ponto era que Alex e eu não queríamos compor letras, então gentilmente encorajamos Neil para que fizesse isso. Era muito legal o que ele escrevia - muito diferente do tipo de material de John.


1975

Alex Lifeson: De muitas maneiras, senti que o segundo álbum (Fly By Night) foi como um novo começo para a banda.

Geddy Lee: "Anthem" era uma remanescente. Porém, praticamente todo o resto do álbum foi feito do zero. A música veio primeiro em várias canções. Mas, às vezes, Neil teria uma letra sobre a qual Alex e eu colocaríamos a música. Uma canção que surgiu assim foi "Beneath, Between & Behind", a primeira que Neil compôs para o Rush. Havia muita diversidade em Fly By Night, muito mais do que no primeiro álbum. Tínhamos músicas pesadas como "Anthem", mas também faixas tranquilas e longas como "Rivendell", que foi nossa primeira tentativa de mostrar algo mais leve - nosso lado balada. Gostávamos da ideia de ter vários estilos diferentes no disco, e essa diversidade foi algo que continuou em todos os álbuns. Queríamos que cada canção mostrasse um lado da banda.

Alex Lifeson: Tivemos músicas bem legais nesse disco. "Anthem" era bem poderosa. E claro, havia "By-Tor & The Snow Dog", que se tornou uma grande canção no desenvolvimento da banda.


Geddy Lee: A letra que Neil escreveu para "By-Tor & The Snow Dog" era bem humorística. Tínhamos uma espécie de glossário cômico na estrada - um monte de coisas com as quais gostaríamos de brincar. Foi aí que "By-Tor & The Snow Dog" veio - uma brincadeira que saiu do controle. Nosso empresário Ray tinha dois cães, e Howard Ungerleider, nosso cara da iluminação, chamava um deles de Biter [mordedor] e o outro de Snow Dog. Neil pegou esses nomes e criou personagens fictícios, transformando-os numa canção.

Alex Lifeson: Foi uma piada interna, mas Neil conseguiu fazer uma história verdadeiramente poderosa - uma peça de fantasia do bem contra o mal. O que veio disso foi algo muito maior que apenas uma canção. Em termos de estrutura, "By-Tor & The Snow Dog" foi a primeira vez em que tentamos fazer uma peça com várias partes. Ela foi crucial para a banda. Conforme nos desenvolvíamos, havia conceitos maiores e mais espaço para tocarmos.

Geddy Lee: De repente, nos tornamos uma banda bem diferente. Uma vez que tínhamos Neil conosco, muitas coisas mudaram na nossa forma de compor e na forma como nos apresentávamos. A partir desse ponto, parecia que poderíamos fazer qualquer coisa...


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